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Diário da minha gravidez, com tudo a que tenho direito!
Adorei ter voltado a este blog para ir dando conta de como ia correndo esta segunda gravidez. Adorei sentir o vosso carinho e saber que estavam desse lado a acompanhar esta segunda gestação.
Mas como o próprio nome indica, este é um blog sobre gravidez, daí não fazer sentido continuar com ele agora que a Clara já nasceu.
Quem sabe, numa terceira gravidez, ainda cá volto
Enquanto tal não acontece, acompanhem-me no meu outro blog, Coisas do Dia.
Vemo-nos por lá!
Quem mais adora ver bebés a espreguiçar? 💛
3 semanas de Clara 💛
Tenho um novo "melhor amigo". É tão meu amigo que adormece a Clara em 3 tempos e que me deixa livre para passear, cozinhar, comer, etc. Falo do meu ring sling. Descobri esta nova forma de transportar a Clara e não quero outra coisa. Estou rendida!
Cheguei às 40 semanas e não havia maneira da Clara querer nascer. Eu ia para a praia, eu fazia caminhadas, eu limpava a casa e até cheguei a subir um miradouro!
Tal como combinado, às 40 semanas e 2 dias fui ao hospital ter com o meu médico para ele me avaliar. Fui para o hospital ao final da manhã mas ele estava super ocupado, só nessa manhã fez 4 cesarianas. Mandou-me vir depois do almoço. Eu até lhe disse "Dr., eu sinto-me ótima, não posso vir cá noutro dia?". Ainda assim disse que me queria ver de tarde.
Eram 15h quando comecei a fazer o CTG. Aproveitei esses 30 minutos para fazer a minha sesta e tudo, heheh
Uma das médicas entra na sala e diz-me "Ei lá, tantas contrações! Está muito bem disposta para quem está cheia de contrações". E eu, pasmada a olhar para o papel, acenei que sim. Continuei a dormir.
Passados 30 minutos vem o meu médico e confirma que estou cheia de contrações e sugeriu fazer-me o toque para ver como estava o processo. Vira-se logo para mim:
Médico: "Esta bebé vai nascer hoje! Já está com 3 dedos".
Eu: "Hoje? Mas eu não tenho sintoma nenhum!"
Médico: "Trouxe as malas? Vai ficar já aqui internada"
Eu: "Mas não posso ir para casa? Moro a 5 minutos do hospital. E não tenho dores nenhumas, estou ótima!"
Médico: "Mesmo assim ainda corre o risco de nascer no carro. Não vamos arriscar, fica aqui porque esta bebé vai nascer ainda hoje!"
Como o meu exame do cotonete deu positivo, foi mais um motivo que me levou a ficar pelo hospital.
Então, às 17h30 fiz a admissão e aproveitei para entregar o meu plano de parto. Às 18h estava no meu quarto. Deram-me o antibiótico e puseram-me as cintas do CTG.
Todos os profissionais que entravam no meu quarto sabiam que eu tinha um plano de parto e respeitavam-no, por isso diziam sempre o que me estavam a fazer, porquê e pediam autorização para fazer fosse o que fosse. Senti-me respeitada enquanto mãe e mulher.
Às 19h comecei com contrações dolorosas (mas suportáveis) e pedi a epidural. Pedi logo porque tive medo que não fizesse efeito (como aconteceu no parto da irmã).
Não sabia era que o efeito da epidural era tão eficaz que me ia deixar presa à cama! Deixei de sentir tudo da cintura para baixo, pernas incluídas, o que me impossibilitou de ter mobilidade e de usar a bola de pilates. À conta disso o trabalho de parto também atrasou.
O meu marido foi para casa descansar mas sempre atento ao telemóvel caso fosse preciso vir para o hospital. Às 2h da manhã acordei com tosse e senti que estava a fazer xixi. Pensava eu que era xixi, era a bolsa das águas que tinha rebentado.
Às 5h da manhã a enfermeira fez-me novo toque e já estava com 6cm de dilatação. Achei melhor chamar o meu marido.
Ainda dormi mais um bocadinho mas às 8h da manhã as dores começavam a ser mais fortes (mesmo com a epidural) e o médico disse que já tinha a dilatação toda feita, mas que a bebé ainda estava subida. Perguntou-me se podia dar oxitocina para ela descer, eu consenti e fez logo efeito. Comecei a sentir vontade de fazer força.
Às 9h fomos para a sala de partos e, às 9h20, a minha Clara veio ao mundo! Puseram-na logo no meu peito e aí ficou uns 15 minutos. Contemplei-a, era (e é) perfeita. Escala de Apgar 10/10, melhor era impossível.
Mas os médicos não saíam de volta de mim: tive uma pequena hemorragia, mas nada de especial.
Tive os melhores profissionais ao meu lado: desde uma médica interna muito simpática, um médico muito atencioso e cuidadoso, enfermeiras que me davam força, e a pediatra da minha Diana, que apareceu para me ajudar a pôr a Clara no mundo. Todos eles fizeram com que este momento fosse mágico.
Mas sem dúvida que o apoio do papá é fundamental, já que é ele que nos conhece, percebe quando estamos com medo e que é a nossa segunda voz.
A Clara nasceu no dia 7 de setembro de 2017, às 9h20, com 49cm e 3,525kg. Uma super bebé
Dois dias depois do nascimento da Clara sinto-me ótima, com energia, as únicas dores que tenho são das contrações do útero (bem dolorosas!). A barriga, como é normal, ainda aqui está, mas em vez de ser barriga de 9 meses é de 5, hehehe 😀
Jáaaaaa! Nasceu hoje! Finalmente! Agora é preciso a mamã descansar, namorar muito esta princesa linda e ver se as dores passam rápido.
Nunca pensei chegar às 40 semanas de gravidez. Por ser verão, por ser uma segunda gravidez e por ter outro bebé em casa que me suga as energias. Aliás, sempre tive receio de um parto prematuro. Mas a Clara quis ser diferente e ainda aqui está.
Estou naquela fase em que já não consigo ouvir mais as pessoas, incrédulas, a dizerem "Então, ainda não nasceu?". Para uma mamã super ansiosa de conhecer a sua bebé ouvir isto constantemente é uma pressão que nem imaginam! E eu, o que posso dizer, além do habitual "Está quase?". Enquanto a Clara não quer nascer, vou-me refrescando na praia ou na piscina.
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